Lidos de Março | 2018
Março superou todas as minhas expectativas: li nada mais nada menos do que 12 livros! Pra quem até pouco tempo atrás tinha largado todas as leituras e não se esforçava nem pra ler rótulo de shampoo, até que tá bom, né?
A guerra não tem rosto de mulher, de Svetlana Alexijevich
Caí de paraquedas na escrita da Svetlana e me apaixonei. Gosto muito de livros históricos e de não ficção, e esse conta sobre a segunda Guerra Mundial de uma forma que não estamos acostumados: pelo ponto de vista das mulheres. São fuzileiras, médicas, enfermeiras, cozinheiras e mulheres do front que participaram ativamente da guerra (pelo lado soviético) e que contam suas impressões, experiências sobre o pré, durante e pós guerra. Cada frase é um soco no estômago.
Ligue os pontos: poemas de amor e big-bang, de Gregório Duvivier
Seguindo a saga dos livros de poema, li um que tava nas minhas metas há algum tempo. Poemas de amor e big-bang é um livro curtinho e ao mesmo tempo uma delícia de ler. Gregório escreve sobre o Rio de Janeiro e sobre o amor de uma maneira leve e super leve.
Para onde vai o amor?, de Fabrício Carpinejar
Podem me julgar a vontade, mas nunca tinha lido Carpinejar! Esse é um livro de contos/histórias/ensaios curtinhos que falam basicamente sobre o amor. Alguns felizes, outros mais tristinhos, mas todos bem gostosos de ler. Pros apaixonados, é ótimo pra uma leitura antes de dormir :)
Cinzas do Norte, de Milton Hatoum
Situado em uma Manaus da década de 50, o livro conta a história da amizade entre dois meninos: Lavo, órfão, e Mundo, rico e rejeitado pelo pai por querer ser artista. Entre plantações de juta, brigas entre Mundo e o pai e discussões sobre solidão e poder, a amizade dos dois cresce e fortalece.
Nu, de botas, de Antônio Prata
É um livro de contos curtinhos sobre a infância do próprio autor. São histórias super engraçadas e ao mesmo tempo simples, bem no estilo de crônicas de jornal. O cenário é sempre o quintal de casa, com a família e os amigos ao redor. Mais um que é ótimo pra se ter de cabeceira!
Estamos bem, de Nina LaCour
Eu até tento, mas não escapo dos romances adolescentes kkk... "Estamos bem" conta sobre Marin, uma menina que após a morte do avô se viu sozinha e decidiu largar tudo - casa, amigos, a Califórnia - pra fazer faculdade em Nova York. Lá ela espera a visita de Mabel, sua melhor amiga, e todas as emoções que ela vai reviver.
Clio, de Marco Lucchesi
Mais um de poemas! Clio é o nome de uma das nove musas da mitologia grega, filha de Zeus e de Mnemónise, a deusa da memória. Fiel ao título, o livro trata de poemas sobre a imensidão e as viagens que a nossa mente pode fazer.
Um teto todo seu, de Virgínia Woolf
Foi meu primeiro livro da Woolf, e juro que me surpreendeu. O livro é um compilado de palestras que ela deu em 1928 (!!!) sobre a importância da escrita da mulher, suas condições sociais e como isso reflete no cenário literário da época (e ainda atualmente).
Nacional estrangeiro, de Sérgio Miceli
Lá vem a acadêmica! Dividido entre alguns capítulos que falam sobre alguns mecenas, incentivadores da arte no período modernista no Brasil e também sobre alguns artistas modernistas (Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Lasar Segall) e a relação entre os interesses socioeconômicos e a produção da arte na primeira metade do século XX no Brasil.
O arroz de Palma, de Francisco Azevedo
Esse livro mistura bastante o histórico de uma família - todas suas desavenças, amores, carinhos - e suas raízes portuguesas. Por mais que a leitura flua super bem, achei um pouco cansativo e maçante. Pra quem curte histórias mais água com açúcar, é o livro ideal.
América Latina: Territorialidade e Práticas Artísticas, de Maria Amélia Bulhões e Maria Lúcia Bastos Kern
O livro é uma organização de artigos produzidos por autores latinos (em espanhol e português) sobre práticas artísticas, crítica da arte e outras coisas mais na América Latina. Temas como a pluralidade, identidade cultural sul-americana e a importância da territorialidade são discutidos de maneira muito relevante.
Vozes de Tchernóbil, de Svetlana Alexijevich
Não me aguentei e tive que ler outro dela! Como o "A guerra não tem rosto de mulher", esse livro é feito por depoimentos de sobreviventes do "acidente" de Tchernóbil, a explosão da usina nuclear. É bem impactante, forte e mostra pra nós um lado da história que é desconhecida e foi omitida pelo antigo governo da União Soviética
Já tô ansiosa pra ver as leituras que abril vai me trazer, e vocês?
Ah! Se tiver alguma sugestão, escreve aqui nos comentários! Beijo!
Nenhum comentário: