Mochilão na Bélgica por 400 reais + dicas que ninguém te conta
Lógico que ajudou MUITO o fato da gente estar em Paris e poder ir de ônibus pra lá (já falo mais sobre isso), mas a Bélgica é um país bem barato em relação ao resto da União Europeia pelo fato de não ser um destino tão turístico (apesar de encontrarmos vários brasileiros no nosso caminho...).
Como o tempo era curto, optamos em ir para duas cidades: Antuérpia e Bruxelas. A primeira é a maior cidade da Bélgica. Apesar disso, o centro é super tranquilo. Ela também tem uma vida noturna mais agitada e é um ambiente mais multicultural e jovem. Bruxelas, por sua vez, tem mais cara de cidade grande. É mais turística e os preços são um pouco mais caros, mas nada fora do comum.
O que você precisa saber antes de viajar:
• Apesar de as línguas oficiais da Bélgica serem alemão, francês e flamenco (uma espécie de dialeto local misturando as duas primeiras), praticamente todo mundo lá fala inglês. Se você sabe o básico, pode ter certeza que não vai passar aperto.
• Se tiver alguma restrição alimentar como eu (ser vegetariano, vegano, celíaco, intolerante à lactose etc), fica tranquilo que vai se alimentar super bem nessas duas cidades. Praticamente todo restaurante tem o cardápio devidamente sinalizado.
• Como toda viagem, é sempre bom se programar antes pra não ficar perdido e não saber onde ou o que visitar. Eu recomendo fazer uma lista de lugares no Google Maps, que dá pra salvar e poder ver offline pelo app. Se quiser ver a que eu fiz, clica aqui. Se não se programar, fica tranquilo: na maioria dos hostels tem um monte de mapas turísticos impressos e gratuitos.
• Meio óbvio, mas como a Bélgica faz parte da União Europeia, a moeda usada lá é o euro. Oooou seja, se você já tiver pela Europa, não vai precisar trocar dinheiro na casa de câmbio.
• Se for ficar em hostel, leva um cadeado com chave pra poder guardar seus pertences (passaporte, dinheiro etc) no armário do seu quarto.
Transporte
Como eu disse, estarmos em Paris facilitou demais nossa ida pra Bélgica. Como eram só 300km de distância, optamos por ir de ônibus pra baratear nossa viagem. Apesar disso, os voos não costumam ser tão caros (por volta de 30 euros comprando antecipadamente).
Compramos as passagens pelo site da Omio. Preferimos não arriscar e levamos as passagens impressas, mas vi gente entregando o próprio celular com foto do QR code pro motorista escanear. Os preços foram: Paris → Antuérpia (27/02) 15 euros; Antuérpia → Bruxelas (28/02) 4 euros; Bruxelas → Paris (02/03) 19 euros. Os preços de ônibus variam conforme o horário da viagem, o dia da semana e a parada onde você vai descer (em algumas cidades têm mais de uma).
De Paris pra Antuérpia, a viagem durou cerca de 4h30 (saímos às 9 e chegamos às 13). De Antuérpia pra Bruxelas, demorou pouco mais de 40 minutos e de Bruxelas pra Paris cerca de 4h.
Os ônibus que pegamos foram muito bons: tinham carregador usb, mesinha pra comer na poltrona, banheiro e até máquina de salgadinho/refrigerante. O motorista grita o nome da parada, então é bom ficar atento onde você vai descer.
Em Paris, os ônibus que fazem viagens internacionais geralmente saem do Terminal Gallieni, que é a estação final da linha 3 do metrô. É tudo bem simples e muito bem sinalizado.
Hospedagem
Ficar em hostel foi algo que também barateou DEMAIS nossa viagem. Os hotéis tavam muito caros (procurei pelo Booking), e acabamos reservamos pelo Hostelworld. Pra quem vai em mais gente, acaba compensando alugar um Airbnb.
Um pequeno adendo: ficamos em quarto compartilhado misto com homens e mulheres (de 6 e 4 pessoas), mas eu jamais ficaria se estivesse viajando sozinha. Infelizmente a gente sabe que assédio existe em toda parte, e me sinto muito insegura quanto a isso.
Nosso primeiro hostel foi o Boomerang, em Antuérpia. A equipe foi super querida e atenciosa. Fizemos check-in às 15 e, apesar de o check-out ser às 11, deixaram a gente deixar as malas lá até as 14 enquanto turistávamos na cidade. Ficamos só uma noite, e o quarto compartilhado de 6 pessoas foi o suficiente. O hostel é em uma casa de uns cinco andares (sério), super bonitinha e aconchegante. O único problema que eu encontrei foi que o banheiro, compartilhado, não tem nenhum ganchinho nem espaço pra se trocar. Pontos positivos: fica relativamente perto do centro (1km e pouquinho), a vizinhança é bem tranquila e tem mercadinhos por perto. Tem um bar lá que vende cerveja por 2 euros (!!!). O bom foi que a gente conseguiu fazer tudo a pé, sem necessidade de pegar ônibus ou metrô. Preços: 14 euros a diária + 5 euros por café da manhã (que é opcional, mas MUITO gostoso e cheio de coisas).
O segundo e último hostel foi o Meininger, em Bruxelas. Ficamos duas noites lá, e ficamos completamente encantados. O Meininger é uma franquia, então ele é um hostel com jeitão de hotel: tem bar, um restaurantezinho, área comum com sinuca, videogame, pebolim... Demos muita sorte porque reservamos um quarto compartilhado de 10 camas e acabamos ficando em um de 4 (vai entender...). O quarto é de hotel mesmo, com banheiro privado, tv, luzes e tomadas perto de cada cama, cabide pra pendurar casaco e até espelho! Apesar de mais caro, foi o hostel mais baratinho que eu encontrei em Bruxelas. Ele também fica bem perto do centro e deu, mais uma vez, pra fazer tudo a pé. Mas, pelo que eu percebi, o transporte público em Bruxelas é bem simples e dá pra fazer tudo de metrô. Preços: 20 euros a diária + 9,90 euros pelo café da manhã (não tomamos).
Comida
Achei os preços de restaurantes bem mais baratos do que em Paris. Falando meio por cima: dividimos uma pizza enorme por 9 euros, comemos waffle (o original) por 2,50 euros, tomamos cerveja por 2 euros, enfim...
Em Antuérpia: coma o waffle do CoffeGo, na Meir 1, 2000. Custa 2,50 euros (+0,50 se quiser cobertura de chocolate ou creme) e sustenta bastante. No centrinho tem vários restaurantezinhos com um preço razoável.
Em Bruxelas: comemos em um restaurante vietnamita/tailandês chamado Revê d'Asie, no centro da cidade. Os pratos são muito gostosos, com várias versões vegetarianas e veganas. É mais carinho que em Antuérpia (cerca de 8 a 12 euros cada prato), mas vem muita comida. Fica na Jules van Praet, 19. Outro restaurante que amamos foi o Fin de Siecle, na Rue des Chartreux, 9. O ambiente é super legal, tem muitos pratos diferentes (massas, carnes, pratos veganos e porções) e uma cerveja barata. Por último mas não menos importante: as batatas fritas de Bruxelas. Tem praticamente uma friteria em cada esquina, mas comemos na Fritland, na Rue Henri Maus 49. A batata (MUITO grande, dá pra dividir tranquilamente) custa 4 euros (+1 euro se quiser um molho a parte).
Somando tudo (passagens + hospedagem), deu 74 euros (cerca de 315 reais). Mais café da manhã, passagem do metrô pra pegar o ônibus e etc, deu 340 reais. Eu estimo que tenha gastado mais uns 120 reais com comida.
Ufa! No próximo post vou falar dos pontos que visitamos :)
Beijo!
O segundo e último hostel foi o Meininger, em Bruxelas. Ficamos duas noites lá, e ficamos completamente encantados. O Meininger é uma franquia, então ele é um hostel com jeitão de hotel: tem bar, um restaurantezinho, área comum com sinuca, videogame, pebolim... Demos muita sorte porque reservamos um quarto compartilhado de 10 camas e acabamos ficando em um de 4 (vai entender...). O quarto é de hotel mesmo, com banheiro privado, tv, luzes e tomadas perto de cada cama, cabide pra pendurar casaco e até espelho! Apesar de mais caro, foi o hostel mais baratinho que eu encontrei em Bruxelas. Ele também fica bem perto do centro e deu, mais uma vez, pra fazer tudo a pé. Mas, pelo que eu percebi, o transporte público em Bruxelas é bem simples e dá pra fazer tudo de metrô. Preços: 20 euros a diária + 9,90 euros pelo café da manhã (não tomamos).
Comida
Achei os preços de restaurantes bem mais baratos do que em Paris. Falando meio por cima: dividimos uma pizza enorme por 9 euros, comemos waffle (o original) por 2,50 euros, tomamos cerveja por 2 euros, enfim...
Em Antuérpia: coma o waffle do CoffeGo, na Meir 1, 2000. Custa 2,50 euros (+0,50 se quiser cobertura de chocolate ou creme) e sustenta bastante. No centrinho tem vários restaurantezinhos com um preço razoável.
Em Bruxelas: comemos em um restaurante vietnamita/tailandês chamado Revê d'Asie, no centro da cidade. Os pratos são muito gostosos, com várias versões vegetarianas e veganas. É mais carinho que em Antuérpia (cerca de 8 a 12 euros cada prato), mas vem muita comida. Fica na Jules van Praet, 19. Outro restaurante que amamos foi o Fin de Siecle, na Rue des Chartreux, 9. O ambiente é super legal, tem muitos pratos diferentes (massas, carnes, pratos veganos e porções) e uma cerveja barata. Por último mas não menos importante: as batatas fritas de Bruxelas. Tem praticamente uma friteria em cada esquina, mas comemos na Fritland, na Rue Henri Maus 49. A batata (MUITO grande, dá pra dividir tranquilamente) custa 4 euros (+1 euro se quiser um molho a parte).
Somando tudo (passagens + hospedagem), deu 74 euros (cerca de 315 reais). Mais café da manhã, passagem do metrô pra pegar o ônibus e etc, deu 340 reais. Eu estimo que tenha gastado mais uns 120 reais com comida.
Ufa! No próximo post vou falar dos pontos que visitamos :)
Beijo!
Nenhum comentário: