Lidos de Maio | 2018

UFA que esse mês ultrapassou todos os meus limites possíveis e imaginários de leitura! Li muitos livros curtinhos e terminei outros que tinha começado há algum tempo, por isso o volume :)



A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe
O Valter Hugo Mãe tem um jeito tão especial de escrever que acabei lendo mais de um livro dele no mês. Máquina de fazer espanhóis narra a história de um senhor que, após a morte da esposa, acabou sendo colocado no asilo pelos filhos. No começo ele odiava o lugar, mas acaba se apegando aos moradores e ao próprio asilo, que tem uma personalidade particular.

O coração amarelo, de Pablo Neruda
Queria ler algo do Neruda há tempo, e esse compilado de poeminhas me deixou com o coração quentinho. Falam de família, de amor, de relacionamentos, do mundo e do universo que existe dentro de casa.

Poemas y antipoemas, de Nicanor Parra
Vamos treinar nosso español? Poemas curtinhos são ótimos pra treinar outras línguas. Se tiver alguma dúvida, é só deixar o dicionário do lado :) esse livro tem poemas curtinhos sobre amor, a vida, família e tantas outras coisas.

A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade
Na época do vestibular li O sentimento do mundo, e senti que tava em dívida com o Drummond até terminar de ler A rosa do povo. É um livro de poesia lindíssimo, extremamente minucioso e cuidadoso com o mundo após a segunda guerra mundial. Ele é muito íntimo e trata bem do íntimo do ser humano.


Era dos Extremos, de Eric Hobsbawn
Meu deus, que leitura densa e cansativa. Eu comprei há quatro (QUATRO) anos atrás achando que ia ser um resumão do século XX, mas... É mais uma leitura crítica e que aponta alguns fatos antes, entre e após as guerras mundiais. É muito interessante, mas muito cansativa. São 600 páginas de letras pequenininhas (tanto é que demorei quatro anos pra ler kkk), mas vale muito a pena pelo conhecimento.

Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector
Não sei se foi porque eu já comecei a ler o livro de prosa jurando que não conseguiria ser melhor que a poesia da Clarice, mas o que aconteceu foi que, apesar de ter uma proposta boa (é a história de Joana, contada da infância até à vida adulta, com suas inquietudes, problemas e obstáculos), não fluiu tão bem.

Sobre a arte contemporânea, de César Aira
Mais leituras acadêmicas, pra variar. Esse é um ensaio/discurso do César Aira que foi traduzido recentemente pro português pela editora Zazie, que é independente (inclusive no site dela você encontra esse e outros pdfs de livros super interessantes e de graça). Como o próprio nome diz, é sobre a arte contemporânea e as consequências dela pro mundo como um todo.

Jeito de matar lagartas, de Antônio Carlos Viana
Já fui mais apaixonada, mas hoje continuo gostando muito de ler livros de contos por serem super simples e sempre deixarem alguma moral (mesmo que subentendida) pra gente. Foi a primeira obra que li do autor, e curti bastante.


A desumanização, de Valter Hugo Mãe
Meu deus, que livro incrível. Juro que foi o melhor do mês, talvez do ano! É um livro de tirar o fôlego e deixar a gente querendo mais. A história é a seguinte: uma menina de 11 anos precisa lidar com a morte da sua irmã gêmea, a loucura de sua mãe e assédios constantes de um homem mais velho. É passada na Islândia e contada de maneira muito profunda. É uma história tocante demais, muito bem escrita e faz a gente pensar nas maneiras em que as pessoas se "desumanizam".

A sala dos répteis, de Lemony Snicket
Sigo na saga de ler mais uma vez a coleção completa do Desventuras em Série. Como todos os outros, o segundo volume é bem curtinho e conta como os Baudelaire foram parar morando com o seu Tio Monty, um colecionador de cobras e outros répteis.

A Era das Revoluções, de Eric Hobsbawn
Comprei junto com o Era dos Extremos, há quatro anos atrás, e também não conseguia engatar na leitura. Assim como o outro livro, é bem denso e toca apenas em pontos relevantes para a história. Esse livro trata do século XIX, principalmente sobre a revolução industrial e a revolução francesa e nos reflexos que elas tiveram no mundo.

No seu pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie
Mais um de contos! Já queria ler algo da Chimamanda há tempo, e o que me motivou foi justamente ser um livro de contos, que eu tinha certeza de que a leitura fluiria bem. Os contos tratam principalmente de como é ser um imigrante africano - mais precisamente nigeriano - nos Estados Unidos, e na maioria dos contos isso se soma ao fator gênero: como as mulheres lidam com a situação e também como são tratadas. É muito incrível.


A princesa salva a si mesma neste livro, de Amanda Lovelace
Poeminhas no estilo da Rupi Kaur sempre são bons de ler, mas esse foi um pouco difícil de terminar. Apesar de serem curtinhos, têm aquele tom de tumblr (meio batido, meio blasê, meio clichê) que achei chatinho e um pouco forçado.

E não sobrou nenhum, de Agatha Christie
Quando eu tinha uns 15 anos curtia demais romances policiais, principalmente da Agatha Christie, e o Assassinato no Expresso do Oriente que li mês passado me fez reviver esse amor. Esse li porque disseram que era um dos melhores, e realmente, que livro! São 10 pessoas que vão passar um final de semana em uma ilha à convite de um desconhecido, e como o próprio título diz...

O que deu para fazer em matéria de história de amor, de Elvira Vigna
Eu gosto muito de ler autores brasileiros, e esse livro, apesar de a leitura não ter rendido tanto, caiu como uma luva. São alguns fatos contados pela narradora sobre duas pessoas, já mortas. Nisso precisa reviver algumas histórias.

Morte no Nilo, de Agatha Christie
Mais um da Agatha Christie! Esse também é incrível, e deixa a gente de boca aberta. Uma jovem rica e recém-casada vai passar a lua de mel no Egito, e acaba sendo assassinada. É aí que o detetive Hercule Poirot entra em cena pra descobrir o assassino.


Turismo para cegos, de Tércia Montenegro
É um livro curtinho que conta a história de uma artista que se tornou cega, e do seu relacionamento com um ex-aluno seu. Ela acaba por se tornar uma pessoa dura e extremamente maldosa com ele, e o livro conta como ele lidou com isso.

Pillow Thoughts, de Courtney Peppernell
Mais um de poeminha estilo Rupi Kaur que tinha tudo pra dar certo mas como o da Amanda Lovelace, achei cansativo e forçado. O conteúdo não é tão completo e parece que não foi escrito com o coração, não sei hahaha. Mas vale a tentativa.

A cabeça do santo, de Socorro Acioli
Mais um que foi uma leitura incrível do mês. Não conhecia a autora e encontrei por acaso por indicação no Skoob. A história é sobre um menino que, após a morte da mãe e por pedido dela, viaja para encontrar o pai e sua avó, mas acaba passando por muitos obstáculos. A história é linda do começo ao fim.

Clarissa, de Érico Veríssimo
Pra encerrar bem o mês, li de uma forma super fluida e gostosa o primeiro romance do Érico Veríssimo. É uma história curtinha de uma menina que vai para a casa dos tios, uma pensão na capital do Rio de Janeiro, estudar. Descreve bem os personagens e o cenário do começo do século passado.

Eu sou muito privilegiada por poder ler por prazer e quase sempre que quero. Meu sonho é que esse privilégio seja compartilhado por outras pessoas :)

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