Como transformar a moda em ética | com Joana Uchôa
Eu acredito muito em que a gente pode e deve mudar de pensamentos pra tentar evoluir. E acredito também no potencial de gente engajada e preocupada com assuntos que a gente não tem tanta proximidade. Foi pensando nisso que bati um papo com a Joana Uchôa (ela apareceu no post sobre projetos brasileiros de moda sustentável) e pedi pra ela contar a experiência dela no mundo da moda e conversar com a gente sobre sobre a ética e consciência nesse mundo:
Sobre a Joana: Meu nome é Joana Uchôa, tenho 21 anos e sou estudante de Belas Artes com enfoque em pintura da UFRJ. É engraçado ter me envolvido com moda, pois anteriormente cursei Design e saí correndo. A minha parada sempre foi as artes visuais. Comecei com essa história das roupas meio sem querer. Quando eu estava na escola, volta e meia comprava umas blusas básicas nas Lojas Americanas e fazia um desenho nelas, normalmente relacionado à Harry Potter (rs) ou então imitando alguma blusa que eu vi em algum site gringo. Essa história de customizar roupas sempre me interessou, e eu tendia a olhar as roupas que comprava nos brechós com um olhar pronto para passar alguma tesoura aqui, amarrar ali, pintar do outro lado... a primeira blusa que pintei mais relacionada com o trabalho que faço hoje em dia (uma blusa social do meu pai em que pintei mãos azuis) foi feita meio de onda, para mim. Uma galera gostou, pediram, eu comecei a pensar sobre isso... até que minha faculdade pegou fogo, e ficamos dois meses sem aula - e foi o tempo que eu engrenei nesse trabalho e começou a dar super certo. Por causa dele, acabei fazendo parcerias com a Melissa, Garimppo, Mig Jeans, Lab77store e Ahlma.
Sobre a Joana: Meu nome é Joana Uchôa, tenho 21 anos e sou estudante de Belas Artes com enfoque em pintura da UFRJ. É engraçado ter me envolvido com moda, pois anteriormente cursei Design e saí correndo. A minha parada sempre foi as artes visuais. Comecei com essa história das roupas meio sem querer. Quando eu estava na escola, volta e meia comprava umas blusas básicas nas Lojas Americanas e fazia um desenho nelas, normalmente relacionado à Harry Potter (rs) ou então imitando alguma blusa que eu vi em algum site gringo. Essa história de customizar roupas sempre me interessou, e eu tendia a olhar as roupas que comprava nos brechós com um olhar pronto para passar alguma tesoura aqui, amarrar ali, pintar do outro lado... a primeira blusa que pintei mais relacionada com o trabalho que faço hoje em dia (uma blusa social do meu pai em que pintei mãos azuis) foi feita meio de onda, para mim. Uma galera gostou, pediram, eu comecei a pensar sobre isso... até que minha faculdade pegou fogo, e ficamos dois meses sem aula - e foi o tempo que eu engrenei nesse trabalho e começou a dar super certo. Por causa dele, acabei fazendo parcerias com a Melissa, Garimppo, Mig Jeans, Lab77store e Ahlma.
Joana: O campo da moda consciente/ética/sustentável é muito mais acessível do que parece. Inicialmente, sugeriria para as pessoas se informarem do porquê esse movimento é importante. Não é apenas roupa, estética, superficialidade - são os recursos naturais do nosso planeta, pessoas em situação financeira preocupante tendo seu trabalho descaradamente explorado para manter um mercado baseado em influenciar o impulso consumista desenfreado e ganância, são famílias sofrendo com a proximidade a toxinas liberadas pela industria e afetando a saúde de seus integrantes.
Uma forma de se envolver com o movimento consciente é buscar pesquisar o histórico das lojas de fast fashion (uma coleção atrás da outra por um preço muito acessível - isso soa estranho. A probabilidade do trabalho por trás dos panos ser mal pago é grande) e trocar o foco para aquelas que trabalham com a slow fashion, com propostas sustentáveis, com propósito. Geralmente essas marcas serão mais caras, e pode-se encarar isso de duas formas:
• olhar pelo lado de que você está comprando algo que você realmente quer e investindo dinheiro em uma ideologia, que você estará ajudando essa marca a se manter firme, e que o trabalho que está por trás do produto adquirido será bem pago. E certamente você comprará menos coisas, também um ponto importante da moda consciente. Nós estamos condicionados a sentir a necessidade do consumo exacerbado, e aprender a controlar isso é pensar sustentável.
• resolver que você não quer gastar esse dinheiro todo e começar a entrar no lindo mundo dos brechós. Na minha opinião, a melhor forma de ser consciente, sustentável e ético no mundo da moda. Ao frequentá-los e comprar neles, deixa-se de influenciar a produção desnecessária de tecidos quando há tantos por aí, encostados e com vida útil ainda extremamente longa. Ainda por cima, bem baratos e sem depender do trabalho explorado de ninguém para tal. Também é importante começar a enxergar as roupas dos brechó (que dificilmente terão o caimento/tamanho/corte perfeito) como mutáveis. Aproveita que custou R$5 e passa a tesoura, pinta, amarra, faz essa peça se ajustar a você e ao seu estilo.
Vitória: Como sua experiência com a moda consciente começou e como ela evoluiu? Atualmente, qual você considera o seu objetivo nesse meio?
Joana: Quando eu era mais nova, era super ligada em moda. Passava horas assistindo vídeos no Youtube de meninas americanas e britânicas mostrando as roupas que elas compraram e como elas as usariam; ia toda arrumada para a escola, com umas roupas mais diferentes, ficava nos sites de lojas gringas botando mil coisas no carrinho sabendo que não iria comprar nada... até que eu saí da escola e passei por uma fase mais bicho-grilo em que eu comecei a abominar tudo isso, considerar gastar dinheiro e dar importância para roupa uma besteira, que só influenciava um mercado manipulador e a superficialidade humana. Me distanciei. Até que conheci meu namorado. Ele adora se vestir, tem um gosto ótimo e gosta de se divertir com roupas. No início isso me dava mó bode. Até que eu comecei a sacar... que eu também gosto disso. Eu curto roupa, eu curto experimentar e criar em cima disso. Mas realmente, é um mercado loucamente nocivo e que busca uma superficialidade e impulsividade social que eu não aprecio nem um pouco. A moda consciente foi o caminho do meio que eu encontrei!
Joana: Quando eu era mais nova, era super ligada em moda. Passava horas assistindo vídeos no Youtube de meninas americanas e britânicas mostrando as roupas que elas compraram e como elas as usariam; ia toda arrumada para a escola, com umas roupas mais diferentes, ficava nos sites de lojas gringas botando mil coisas no carrinho sabendo que não iria comprar nada... até que eu saí da escola e passei por uma fase mais bicho-grilo em que eu comecei a abominar tudo isso, considerar gastar dinheiro e dar importância para roupa uma besteira, que só influenciava um mercado manipulador e a superficialidade humana. Me distanciei. Até que conheci meu namorado. Ele adora se vestir, tem um gosto ótimo e gosta de se divertir com roupas. No início isso me dava mó bode. Até que eu comecei a sacar... que eu também gosto disso. Eu curto roupa, eu curto experimentar e criar em cima disso. Mas realmente, é um mercado loucamente nocivo e que busca uma superficialidade e impulsividade social que eu não aprecio nem um pouco. A moda consciente foi o caminho do meio que eu encontrei!
Vitória: Quando você descobriu que esse ramo da moda (por meio de customizações com roupas garimpadas) poderia funcionar como um trabalho?
Joana: Foi um dia que eu parei para pensar na minha produção e percebi que esse era o foco. Eu comecei a fazer as roupas meio na necessidade, por precisar juntar uma grana e pela faculdade estar interrompida. Desde o início foquei em garimpar roupas de brechó para não depender da produção de novos tecidos e não compactuar com os impactos nocivos da industria têxtil, e isso veio muito naturalmente. Eu sempre trabalho assistindo a alguma coisa ao mesmo tempo, e um dia o vórtice do Youtube me levou a videos sobre moda consciente. Aí eu parei. Olhei o que eu tava fazendo. E as peças começaram a se encaixar na minha cabeça. Comecei a sacar que meu trabalho era totalmente voltado para isso, e como isso me aproximava mais dele. Foi aí que me apaixonei por esse assunto.
Vitória: Supondo que alguém que não tem experiência NENHUMA com customização queira fazer isso com alguma roupa que tá parada em casa ou que garimpou, quais as formas de fazer isso?
Joana: Ih, há milhões de formas. A primeira dica que eu dou é: Youtube. Tem TUDO lá, é a melhor escola possível, e todas as técnicas de tudo que eu sei fazer, aprendi por lá. Não apenas o que faço nas roupas, mas também bordado, pintura a óleo, aquarela, etc. A customização de tecidos não tem muito limite, é bem versátil. É possível fazer pinturas com tinta e tecido, bordar apenas com linha, bordar com miçangas, mudar a modelagem apenas com recortes e tiras de tecido, amarrações, ou então se aproveitar de costuras... em último caso, aproveita que roupa de brechó é barata e leva num armarinho. Vai continuar sendo mais barato do que comprar roupa em loja.
Vitória: Qual a função/participação de brechós e projetos de troca de roupas na moda consciente?
Joana: O brechó, na minha opinião, é a melhor forma de seguir a moda consciente. As roupas que estão lá já foram produzidas, já fizeram o mal que poderiam fazer. Porém, foram descartadas pelos seus compradores iniciais, o que não quer dizer que não estejam em perfeito estado (é importante também aprender a relevar uma manchinha mínima, um rasguinho indiferente... ninguém vai ver) e que ainda possam ser utilizadas. Dessa forma, o seu consumo passa longe de influenciar a produção de mais e mais roupas. Já tem muita, e não há a menor necessidade de continuar produzindo mais. Brechó é ativismo ;)
Vitória: Hoje em dia existe muita resistência dos consumidores em optar por brechós e técnicas de customização? Se sim, quais as formas de reverter isso?
Joana: Não acho que exista uma resistência, mas ainda é algo muito afastado do consumidor, e acredito que isso se dê pelo estímulo constante, forte e manipulador da moda rápida. Foi só eu começar a falar de brechós que recebi mensagens de várias pessoas falando que super se interessam, mas não conhecem nenhum, não sabem aonde ir. Em relação às técnicas de customização, ouço mais as pessoas falando que não tem talento para isso. Sobre o talento, acho que é só querer e dar uma pesquisada no Youtube (a maior escola da vida). Algumas técnicas e ideias são extremamente fáceis de executar, existem moldes, tutoriais bem destrinchados. Já em relação ao brechó, de acordo com a minha experiência, é só sair de casa e ficar com o olho atento. Praticamente todos que conheço eu fui descobrindo andando na rua, avistando uma placa, olhando pra dentro de uma casa com a porta curiosamente aberta. E aí fui catalogando meus achados mentalmente ;) eventualmente pretendo fazer uma lista dos brechós que frequento, mas acho que a experiência vira totalmente outra quando achamos certos brechós ao acaso :) é como desvendar a cidade. Aquilo tava sempre rolando ali e você não sabia! E agora você sabe! E vai poder comprar roupa sem o medo de incentivar toda a nocividade da industria da moda! Haha
Vitória: Quais os benefícios em escolher a moda consciente?
Joana: Primeiramente, acho que o primeiro benefício é o pessoal, em saber que está fazendo o melhor que pode sustentavel, economica e socialmente. Acredito que a vida torna-se mais prazerosa quando temos propósitos por trás de nossas ações, e tornamo-nos mais conscientes do nosso lugar e impacto no mundo quando começamos a prestar atenção nas repercussões que nossas ações podem causar em nível global. Também acredito, pela minha experiência, que, ao adotar a moda consciente, passa-se a dar mais valor para os produtos consumidos. Te obriga a parar e pensar no produto consumido, no porquê de você ter escolhido esse e não aquele outro, e a peça comprada certamente foi mais difícil de ser adquirida do que seria uma peça feita em larga escala de maneira rápida, poluente, proveniente de exploração e sem ideais - criada justamente para ser consumida de maneira compulsiva. Tenho diversas peças de roupa interessantíssimas no meu armário que foram parar nas minhas mãos através de brechós, e certamente o acaso disso é muito maior. Eu precisei conhecer o estabelecimento, ir lá no dia em que essa roupa estava disponível, ter a paciência de garimpar até encontrá-la, e dar a sorte de já não ter sido levada por alguém. E de quebra é mega barata ;). A relação com o consumo muda após adotar o pensamento consciente. Torna-se muito mais fácil entender e controlar impulsos, e dá-se mais valor ao que foi comprado. Vivemos numa época em que somos induzidos a comprar coisas sem valorizar o produto, já esperando comprar um novo, um melhor. Tá na hora de acalmar um pouco. Parar para pensar. O mundo, as pessoas e a economia agradecem.
Pra finalizar, a Joana também explicou um pouco da relação entre a "moda lenta" e o feminismo: "Como as marcas de moda rápida querem produzir em um ritmo muito rápido e poder vender barato, a mão-de-obra que elas pagam também tem que ser muito barata. Pra isso, eles vão pra lugares como Bangladesh e Sri Lanka, que têm leis trabalhistas muito frágeis, pra poder empregar pessoas por valores muito baixos e por condições de trabalho degradantes. De cerca de 40 mil pessoas empregadas, 85% são mulheres. A costura é um ofício que foi socialmente construído para ser exercido por mulheres. Na cidade de Dhaka, em Bangladesh, um prédio onde um número enorme de pessoas trabalhavam costurando roupas para marcas de fast fashion americanas desabou, matando muitas delas. A maioria delas, mulheres. Tudo isso é bem retratado no documentário The True Cost, da Netflix. Comprar consciente é dar valor a vida das mulheres que são contratadas por essas empresas. Por mais que elas tenham que procurar outro emprego no momento em que essa indústria começar a ruir, isso faz com que esse costume possa acabar."
Se você quer conhecer mais sobre a Joana, segue ela lá no Instagram!
E conta aqui embaixo se curte esse tipo de post :)
Joana: O brechó, na minha opinião, é a melhor forma de seguir a moda consciente. As roupas que estão lá já foram produzidas, já fizeram o mal que poderiam fazer. Porém, foram descartadas pelos seus compradores iniciais, o que não quer dizer que não estejam em perfeito estado (é importante também aprender a relevar uma manchinha mínima, um rasguinho indiferente... ninguém vai ver) e que ainda possam ser utilizadas. Dessa forma, o seu consumo passa longe de influenciar a produção de mais e mais roupas. Já tem muita, e não há a menor necessidade de continuar produzindo mais. Brechó é ativismo ;)
Vitória: Hoje em dia existe muita resistência dos consumidores em optar por brechós e técnicas de customização? Se sim, quais as formas de reverter isso?
Joana: Não acho que exista uma resistência, mas ainda é algo muito afastado do consumidor, e acredito que isso se dê pelo estímulo constante, forte e manipulador da moda rápida. Foi só eu começar a falar de brechós que recebi mensagens de várias pessoas falando que super se interessam, mas não conhecem nenhum, não sabem aonde ir. Em relação às técnicas de customização, ouço mais as pessoas falando que não tem talento para isso. Sobre o talento, acho que é só querer e dar uma pesquisada no Youtube (a maior escola da vida). Algumas técnicas e ideias são extremamente fáceis de executar, existem moldes, tutoriais bem destrinchados. Já em relação ao brechó, de acordo com a minha experiência, é só sair de casa e ficar com o olho atento. Praticamente todos que conheço eu fui descobrindo andando na rua, avistando uma placa, olhando pra dentro de uma casa com a porta curiosamente aberta. E aí fui catalogando meus achados mentalmente ;) eventualmente pretendo fazer uma lista dos brechós que frequento, mas acho que a experiência vira totalmente outra quando achamos certos brechós ao acaso :) é como desvendar a cidade. Aquilo tava sempre rolando ali e você não sabia! E agora você sabe! E vai poder comprar roupa sem o medo de incentivar toda a nocividade da industria da moda! Haha
Vitória: Quais os benefícios em escolher a moda consciente?
Joana: Primeiramente, acho que o primeiro benefício é o pessoal, em saber que está fazendo o melhor que pode sustentavel, economica e socialmente. Acredito que a vida torna-se mais prazerosa quando temos propósitos por trás de nossas ações, e tornamo-nos mais conscientes do nosso lugar e impacto no mundo quando começamos a prestar atenção nas repercussões que nossas ações podem causar em nível global. Também acredito, pela minha experiência, que, ao adotar a moda consciente, passa-se a dar mais valor para os produtos consumidos. Te obriga a parar e pensar no produto consumido, no porquê de você ter escolhido esse e não aquele outro, e a peça comprada certamente foi mais difícil de ser adquirida do que seria uma peça feita em larga escala de maneira rápida, poluente, proveniente de exploração e sem ideais - criada justamente para ser consumida de maneira compulsiva. Tenho diversas peças de roupa interessantíssimas no meu armário que foram parar nas minhas mãos através de brechós, e certamente o acaso disso é muito maior. Eu precisei conhecer o estabelecimento, ir lá no dia em que essa roupa estava disponível, ter a paciência de garimpar até encontrá-la, e dar a sorte de já não ter sido levada por alguém. E de quebra é mega barata ;). A relação com o consumo muda após adotar o pensamento consciente. Torna-se muito mais fácil entender e controlar impulsos, e dá-se mais valor ao que foi comprado. Vivemos numa época em que somos induzidos a comprar coisas sem valorizar o produto, já esperando comprar um novo, um melhor. Tá na hora de acalmar um pouco. Parar para pensar. O mundo, as pessoas e a economia agradecem.
Pra finalizar, a Joana também explicou um pouco da relação entre a "moda lenta" e o feminismo: "Como as marcas de moda rápida querem produzir em um ritmo muito rápido e poder vender barato, a mão-de-obra que elas pagam também tem que ser muito barata. Pra isso, eles vão pra lugares como Bangladesh e Sri Lanka, que têm leis trabalhistas muito frágeis, pra poder empregar pessoas por valores muito baixos e por condições de trabalho degradantes. De cerca de 40 mil pessoas empregadas, 85% são mulheres. A costura é um ofício que foi socialmente construído para ser exercido por mulheres. Na cidade de Dhaka, em Bangladesh, um prédio onde um número enorme de pessoas trabalhavam costurando roupas para marcas de fast fashion americanas desabou, matando muitas delas. A maioria delas, mulheres. Tudo isso é bem retratado no documentário The True Cost, da Netflix. Comprar consciente é dar valor a vida das mulheres que são contratadas por essas empresas. Por mais que elas tenham que procurar outro emprego no momento em que essa indústria começar a ruir, isso faz com que esse costume possa acabar."
Se você quer conhecer mais sobre a Joana, segue ela lá no Instagram!
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